domingo, 12 de agosto de 2012

O QUE É LITERATURA COMPARADA?

Texto da Profa. Maria Granzoto da Silva(Editora de Literatura Brasileira).

Disponível em http://artculturalbrasil.blogspot.com/2009/06/pagina-de-teste.html

Leia e emita o seu comentário (após o texto).

À primeira vista, a expressão "literatura comparada" não causa problemas de interpretação. Usada no singular, mas geralmente compreendida no plural, ela designa uma forma de investigação literária que confronta duas ou mais literaturas. No entanto, quando começamos a tomar contato com trabalhos classificados como "estudos literários comparados", percebemos que essa denominação acaba por rotular investigações bem variadas, que adotam diferentes metodologias e que, pela diversificação dos objetos de análise concedem à literatura comparada um vasto campo de atuação.


Além disso, a dificuldade de chegarmos a um consenso sobre a natureza da literatura comparada, seus objetivos e métodos, cresce com a leitura de manuais sobre o assunto, pois neles encontramos grande divergência de noções e de orientações metodológicas. Muitos fogem a essas questões. Outros dão conta das tendências tradicionalmente exploradas sem problematizá-las. Alguns tendem a uma conceituação mais genérica. E há ainda os que preferem restringir a determinados aspectos o alcance dos estudos literários comparados.


A literatura comparada examina a cultura e o contexto histórico-social de um texto e escritor, relacionando-o com outros escritores e setores, como a filosofia, o cinema, o teatro, etc. “São estudos ou ensaios sobre o que representam gêneros, autores e obras num determinado momento”. E o sentido da expressão "literatura comparada" complica-se ainda mais ao constatarmos que não existe apenas uma orientação a ser seguida, é adotado certo ecletismo metodológico. Em estudos mais recentes, vemos que o método (ou métodos) não antecede à análise, como algo previamente fabricado, mas dela decorre. Aos poucos se torna mais claro que literatura comparada não pode ser entendida apenas como sinônimo de "comparação". É uma questão complexa dada a diversidade de estudos. Enfim, é uma “torre de babel”.



Adentrar o terreno da Literatura Comparada é preparar-se para caminhar por trilhas diversas do pensamento humano. É desprezar fronteiras e penetrar em territórios diferentes e descobrir que o ‘’Outro’’ pode ser o ‘’Mesmo’’ ou que o ‘’Outro’’ pode ser ‘’Eumesmo’’,ou simplesmente o ‘’Outro’’; é valer-se da oportunidade de olhar longe para ver de perto como o Outro fala, do que o Outro fala, o que o Outro pensa, onde o Outro vive, como vive; é, enfim, estabelecer comparações–atitude normal do ser humano. O exercício do comparativismo ‘’colabora para o entendimento do Outro’’ (CARVALHAL: 1997:8).


Nesse processo, a literatura comparada garante sua participação nos mecanismos de integração cultural. Nesta instigante empreitada, várias podem ser as trilhas pelas quais o comparatista se aventura: pode optar pela via da tradução literária, pela via da estética da recepção, pela via da intertextualidade, pela via dos polissistemas literários, e outras mais. Resguardando o limite de espaço que nos coube para uma reflexão a respeito da algum aspecto ligado aos estudos de Literatura Comparada. Antes de tudo, esse não é um recurso exclusivo do comparativista. Por outro lado, a comparação não é um método específico, mas um procedimento mental que favorece a generalização ou a diferenciação. É um ato lógico-formal do pensar diferencial (processualmente indutivo) paralelo a uma atitude totalizadora (dedutiva).


Comparar é um procedimento que faz parte da estrutura do pensamento do homem e da organização da cultura. Por isso, valer-se da comparação é hábito generalizado em diferentes áreas do saber humano e mesmo na linguagem corrente, onde o exemplo dos provérbios ilustra a freqüência de emprego do recurso. Estas reflexões partem do pressuposto de que a formação da imagem própria depende de um espelhamento. Sem maiores digressões psicanalíticas, mesmo porque tal não e a seara deste trabalho, temos a intuição desse espelhamento, que o senso comum já resumiu em frases como “Tal pai, qual filho”, “Filho de peixe, peixinho é”.


A crítica literária, por exemplo, quando analisa uma obra muitas vezes é levada a estabelecer confrontos com outras obras de outros autores, para elucidar e fundamentar juízos de valor. Compara, então, não apenas com o objetivo de concluir sobre a natureza dos elementos confrontados, mas, principalmente, para saber se são iguais ou diferentes. É bem verdade que, na crítica literária, usa-se a comparação de forma ocasional. No entanto, quando a comparação é empregada como recurso preferencial no estudo crítico, convertendo-se na operação fundamental da análise, ela passa a tomar ares de método – e começamos a pensar que tal investigação é um "estudo comparado".


Pode-se dizer, então, que a literatura comparada compara não pelo procedimento em si, mas porque, como recurso analítico e interpretativo, a comparação possibilita a esse tipo de estudo literário uma exploração adequada de seus campos de trabalho e o alcance dos objetivos a que se propõe.


Em síntese, a comparação, mesmo nos estudos comparados, é um meio, não um fim. Mas, embora ela não seja exclusiva da literatura comparada, não podendo, então, por si só defini-la será seu emprego sistemático que irá caracterizar sua atuação. No entanto, ainda que já se esteja tentando abrir clareiras no emaranhado das definições, não convém adiantá-las. Espera-se que elas surjam naturalmente das considerações posteriores.



Embora empregada amplamente na Europa para estudos de ciências e lingüísticas, é na França que mais rapidamente a expressão "literatura comparada" se firmou. Ali o emprego do termo "literatura" para designar um conjunto de obras era aceito sem discussão desde o seu aparecimento, com essa acepção, no Dictionnaire philosophique de Voltaire, enquanto na Inglaterra e na Alemanha a palavra "literatura" custou mais a ganhar esse conceito.


Indiferente aos locais onde se expandiu, a literatura comparada preservou a denominação com que os franceses a divulgaram, mesmo sendo imprecisa e ambígua. Por isso, muitas vezes sofre a competição da expressão "literatura geral", também de uso corrente em francês e em inglês, com a qual é freqüentemente associada. Estão ambas, por exemplo, nas denominações de associações de comparativistas (veja-se a "Société Française de Littérature Générale et Comparée") ou de publicações especializadas, como Cahiers de Litterature Générale et Comparée, caracterizando uma atuação conjunta de estudiosos das duas disciplinas. A abordagem, nesse caso, refere-se à Literatura Geral e à Literatura Comparada. A distinção entre as duas expressões tem constituído ponto de discussão permanente.



Alguns autores consideram a literatura geral como um campo mais amplo, que abarcaria o dos estudos comparados. Outros como René Wellek e o francês Etiemble, não estabelecem diferença entre elas. À denominação "literatura geral" também é associada a de "literatura mundial", mais conhecida pelo termo Weltliteratur, cunhado por Goethe em 1827. Embora se tenha prestado a várias interpretações, esse termo foi utilizado por Goethe em oposição à expressão "literaturas nacionais", para ilustrar sua concepção de uma literatura de "fundo comum", composta pela totalidade das grandes obras, espécie de biblioteca de obras-primas. Mas, além desse significado, podemos entender ainda o termo, de acordo com o pensamento de Goethe, como a possibilidade de interação das literaturas entre si, corrigindo-se umas às outras.



O emprego da palavra por Goethe ganhou inúmeras interpretações, mas importa aqui acentuar que a aproximação entre as expressões "literatura comparada" e "literatura geral" deixa transparecer ainda o espírito cosmopolitismo literário que favoreceu o surgimento de ambas no século XIX. Estudando relações entre diferentes literaturas nacionais, autores e obras, a literatura comparada não só admite, mas comprova que a literatura se produz num constante diálogo de textos, por retomadas, empréstimos e trocas.


A literatura nasce da literatura; cada obra nova é uma continuação, por consentimento ou contestação, das obras anteriores, dos gêneros e temas já existentes. Escrever é, pois, dialogar com a literatura anterior e com a contemporânea (1990:94).


É nos primeiros decênios deste século que a Literatura Comparada ganha estatura de disciplina reconhecida, tornando-se objeto de ensino regular nas grandes universidades européias e norte-americanas e dotando-se de bibliografia específica e publicações especializadas.

32 comentários:

  1. Muito interessante o texto da autora Maria Granzoto da Silva, pois fala sobre o imenso campo de atuação da literatura comparada.
    Existe muita dificuldade sobre a definição do conceito de literatura comparada, devido o alto índice de orientações metodológicas e de várias tendencias.
    Estudar literatura comparada é viajar com um destino e ao chegar à ele, mesclar culturas, obras e dentre outros.

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  2. O texto de Maria Granzoto da Silva é muito interessante, pois fala das dificuldades que existem em definir literatura comparada e o seu campo de atuação.
    O que mais me instigou no texto foi que, literatura comparada é uma forma de investigação literária que estuda muitas literaturas, obras e autores.

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  3. olá liteloucos, quando falamos em literatura comparada parece fácil, de compreensão simples. Mas percebemos que é muito mais complexo do que podemos imaginar. Ela adota diferentes metodologías, sendo também os objetos investigados vastos.Examinando a cultura e o contexto histórico-cultural de um autor e obra, a literatura comparada relaciona esse exame com outros escritores e setores como filosofía, teatro entre outros e isto faz com que ela seja complexa, pois adentra dentro do pensamento humano, o eu, o outro. A comparação é um meio de estudo vasto e rico, utilizado também pela crítica literária e fez com que as literaturas se interajam entre sí, possibilitando uma troca de ideias e um diálogo entre elas.

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  4. O texto de Maria Granzoto da Silva nos traz informações preciosas quanto a literatura comparada, informando nos que a literatura comparada designa uma forma de investigação literária que confronta duas ou mais literaturas, examina a cultura e o contexto histórico social de um texto e escritor, relacionando o com outros escritores e setores. A literatura comparada não pode ser entendida apenas como sinonimo de comparação. Indiferente aos locais onde se expandiu,a literatura comparada preservou a denominação com que os franceses a divulgaram, mesmo sendo imprecisa e ambígua. A literatura nasce da literatura; cada obra nova é uma continuação, por consentimento ou contestação, das obras anteriores, dos gêneros e temas já existentes. Escrever é, pois, dialogar com a literatura anterior e com a contemporânea (1990:94). Nas ultimas décadas esta diciplina ganha estatura de diciplina reconhecida, tornando-se objeto de ensino regular nas grandes universidades européias e norte-americanas.

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  5. Sobre minha compreenssão dos estudos e leitura em torno do assunto Literatura Comparada, posso dizer que pelo nome própriamente dito é de fácil entendimento, pois denota investigação literária entre duas ou mais literaturas,numa observação e interpretação mais apurada dessa denominação podemos perceber o quanto o tema trata se de investigações varidadas e metodologias diversas nas quais permitem ao cientista literário um vasto campo de atuação nessa mesma área.Pode se observar também que a literatura comparada, compara não somente pela simples ação de comparar, mas explora adequadamente aquilo que se tem como objeto de estudo.

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  6. O texto de Maria Granzoto da Silva vem descrever de uma forma resumida sobre o desenvovimento da Literatura Comparada e as formas de investigações que ela trabalha . Pois sabemos que existe várias expressões e termos dados para Literatura Comparada .Además a literatura comparada e uma constante investigação de trilhas em busca de compreender o pensamento humano .

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  7. O Texto da Profa. Maria Granzoto da Silva relata uma questão importante a dificuldade da definição de literatura comparada.Pois pelo fato do título ser passivel de um entendimento é natural uma interpretação simples.Porém como diz a professora ao ler artigos sobre este tema amadurecemos nossa compreensão pois neles encontramos grande divergência de noções e de orientações metodológica.

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  8. Um olhar sobre a vida e Obra de Gabriela Mistral.
    Uma grande escritora que teve sua vida marcada pelo suícidio de seu noivo.Poetisa chilena (07/04/1889), sendo a primeira escritora latino-americana a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Depois do suicídio de seu noivo dedicou-se com alma a literatura.
    Em seu livro Desolação (1922) se refere da perda de seu noivo.Ternura e Tala colabora na reforma educacional do Mexíco e e do Chile.

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    1. Embora lacônico o seu texto, grandioso nas informações, acerca desta admirável autora... que é tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual para todos nos leitores e adimiradores de sua magnífica literatura...

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. O texto literatura comparada mostra como é importante para nós estudante de letras o uso da disciplina' literatura comparação' em textos que trabalharemos em sala de aula.

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  10. Juan Rulfo
    1918 - 1986 (Jalisco, México)
    Escritor mexicano nacido en Sayula (Jalisco) en 1918 y fallecido en Ciudad de México en 1986. Pertenecía a una familia acomodada que perdió sus bienes durante la Revolución Mexicana. Terminados sus estudios, ejerció diferentes trabajos, como empleos administrativos y labores de guionista en cine y televisión, hasta que en 1962 pasó a desempeñar un cargo en el Instituto Indigenista de México.
    Su obra plantea, en forma particularmente aguda, uno de los problemas básicos de la crítica de textos literarios hispanoamericanos: el problema del nivel de interpretación. Entre su escasísima producción literaria, destacan los relatos de El llano en llamas (1953) y la novela Pedro Páramo (1955).
    Lo que, en última instancia, le preocupa a Rulfo en los relatos de El llano en llamas (1953) y en Pedro Páramo (1955) es la exploración de algo intrínsecamente mexicano; pero también cabe sugerir que en su obra lo mexicano funciona como una metáfora de la condición del hombre en general.
    Un importante grupo de críticos abogan por una interpretación basada esencialmente sobre lo mexicano. En cambio, algunos hacen hincapié inequívocamente en la angustia existencial del hombre moderno como lo medular de la obra de Rulfo.
    El propio autor, en las entrevistas y declaraciones recogidas por Reina Roffé y en la entrevista con Sommers publicada en La narrativa de Juan Rulfo (editado por éste), se ha mostrado siempre muy reacio a explicar su obra. Sin embargo, conviene destacar algunos hechos biográficos y algunas declaraciones.
    Nacido en la provincia de Jalisco - aislada, misérrima, fanática y violenta -, a finales de la Revolución Mexicana, Rulfo pasó su infancia en medio de la Guerra de los Cristeros. Varios de sus parientes, incluso su padre, murieron asesinados. "Entonces viví - le dijo a Sommers - en una zona de devastación. No sólo de devastación humana, sino devastación geográfica. Nunca encontré ni he encontrado hasta la fecha, la lógica de todo eso. No se puede atribuir a la Revolución. Fue más bien una cosa atávica, una cosa de destino, una cosa ilógica".
    La devastación humana y geográfica la encontramos en el primer plano de sus dos obras: en el horroroso pueblo de Luvina, en el cuento El llano en llamas, y en el pueblo de Comala, de Pedro Páramo. Pero por debajo de estos cuadros desolados de esterilidad y miseria se esconden las preguntas implícitas en las palabras arriba citadas de Rulfo. Cómo se explica esa desolación? Es algo humano? Es un castigo divino? De ahí la otra faceta de su obra; lo que Rulfo indica cuando se refiere a su obra como "una transposición de los hechos de mi conciencia".
    La violencia, la muerte, la degradación humana, la culpa, el fatalismo, una sexuaIidad casi animaI, éstos son los temas recurrentes de Rulfo. Y sirviéndose de estos recursos y de una gran habilidad para estructurar sus cuentos en torno a ciertos motivos cíclicos, Rulfo analiza varios aspectos, principalmente negativos, de la vida rural mexicana.

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  11. parte 2:

    Pero sería reducir el alcance de su obra, y simplificarla hasta la falsedad, aceptar sin más la afirmación del autor: "Simplemente hablo de mi gente, mis sueños y mi tierra". En estos cuentos la vida es un caminar fatigoso, un triste pasado que eIimina eI futuro; es un esfuerzo inútiI; es, finalmente, un andar a tientas entre las tinieblas.
    Rulfo había anunciado la aparición de su novela La Cordillera. Lamentablemente, luego declaró en una entrevista durante 1976 que la había tirado a la basura.
    El crítico mexicano Carlos Monsiváis sintetiza: "En nuestra cultura nacional, Juan Rulfo ha sido un intérprete absolutamente confiable … de la lógica íntima, los modos de ser, el sentido idiomático, la poesía secreta y pública de los pueblos y las comunidades campesinas, mantenidas en la marginalidad".
    Obras:
    • El llano en llamas (Portugal: A planície em chamas, Brasil:Chão em chamas) (1953), contos
    • Pedro Páramo (1955), romance
    • Antología personal (1978), os dois livros anteriores reunidos, mais dois contos
    • El gallo de oro y otros textos para cine (1980), roteiros de cinema
    • Juan Rulfo (1980), fotografias de Rulfo, textos de Fernando Benítez, José Emilio Pacheco, e outros
    • Inframundo, el México de Juan Rulfo (1983), reedição da obra Juan Rulfo
    • Los cuadernos de Juan Rulfo (1994), transcrições de seus cadernos de anotações
    • Aire de las colinas (2000), coleção de cartas

    http://tierra.free-people.net/artes/literatura-juan-rulfo.php

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  12. parte3:
    Escritos de Juan Rulfo:

    Es que somos muy pobres
    [Cuento. Texto completo]
    Juan Rulfo
    Aquí todo va de mal en peor. La semana pasada se murió mi tía Jacinta, y el sábado, cuando ya la habíamos enterrado y comenzaba a bajársenos la tristeza, comenzó a llover como nunca. A mi papá eso le dio coraje, porque toda la cosecha de cebada estaba asoleándose en el solar. Y el aguacero llegó de repente, en grandes olas de agua, sin darnos tiempo ni siquiera a esconder aunque fuera un manojo; lo único que pudimos hacer, todos los de mi casa, fue estarnos arrimados debajo del tejabán, viendo cómo el agua fría que caía del cielo quemaba aquella cebada amarilla tan recién cortada.
    Y apenas ayer, cuando mi hermana Tacha acababa de cumplir doce años, supimos que la vaca que mi papá le regaló para el día de su santo se la había llevado el río
    El río comenzó a crecer hace tres noches, a eso de la madrugada. Yo estaba muy dormido y, sin embargo, el estruendo que traía el río al arrastrarse me hizo despertar en seguida y pegar el brinco de la cama con mi cobija en la mano, como si hubiera creído que se estaba derrumbando el techo de mi casa. Pero después me volví a dormir, porque reconocí el sonido del río y porque ese sonido se fue haciendo igual hasta traerme otra vez el sueño.
    Cuando me levanté, la mañana estaba llena de nublazones y parecía que había seguido lloviendo sin parar. Se notaba en que el ruido del río era más fuerte y se oía más cerca. Se olía, como se huele una quemazón, el olor a podrido del agua revuelta.
    A la hora en que me fui a asomar, el río ya había perdido sus orillas. Iba subiendo poco a poco por la calle real, y estaba metiéndose a toda prisa en la casa de esa mujer que le dicen la Tambora. El chapaleo del agua se oía al entrar por el corral y al salir en grandes chorros por la puerta. La Tambora iba y venía caminando por lo que era ya un pedazo de río, echando a la calle sus gallinas para que se fueran a esconder a algún lugar donde no les llegara la corriente.

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  13. parte 4:
    Y por el otro lado, por donde está el recodo, el río se debía de haber llevado, quién sabe desde cuándo, el tamarindo que estaba en el solar de mi tía Jacinta, porque ahora ya no se ve ningún tamarindo. Era el único que había en el pueblo, y por eso nomás la gente se da cuenta de que la creciente esta que vemos es la más grande de todas las que ha bajado el río en muchos años.
    Mi hermana y yo volvimos a ir por la tarde a mirar aquel amontonadero de agua que cada vez se hace más espesa y oscura y que pasa ya muy por encima de donde debe estar el puente. Allí nos estuvimos horas y horas sin cansarnos viendo la cosa aquella. Después nos subimos por la barranca, porque queríamos oír bien lo que decía la gente, pues abajo, junto al río, hay un gran ruidazal y sólo se ven las bocas de muchos que se abren y se cierran y como que quieren decir algo; pero no se oye nada. Por eso nos subimos por la barranca, donde también hay gente mirando el río y contando los perjuicios que ha hecho. Allí fue donde supimos que el río se había llevado a la Serpentina, la vaca esa que era de mi hermana Tacha porque mi papá se la regaló para el día de su cumpleaños y que tenía una oreja blanca y otra colorada y muy bonitos ojos.
    No acabo de saber por qué se le ocurriría a la Serpentina pasar el río este, cuando sabía que no era el mismo río que ella conocía de a diario. La Serpentina nunca fue tan atarantada. Lo más seguro es que ha de haber venido dormida para dejarse matar así nomás por nomás. A mí muchas veces me tocó despertarla cuando le abría la puerta del corral porque si no, de su cuenta, allí se hubiera estado el día entero con los ojos cerrados, bien quieta y suspirando, como se oye suspirar a las vacas cuando duermen.
    Y aquí ha de haber sucedido eso de que se durmió. Tal vez se le ocurrió despertar al sentir que el agua pesada le golpeaba las costillas. Tal vez entonces se asustó y trató de regresar; pero al volverse se encontró entreverada y acalambrada entre aquella agua negra y dura como tierra corrediza. Tal vez bramó pidiendo que le ayudaran. Bramó como sólo Dios sabe cómo. Yo le pregunté a un señor que vio cuando la arrastraba el río si no había visto también al becerrito que andaba con ella. Pero el hombre dijo que no sabía si lo había visto. Sólo dijo que la vaca manchada pasó patas arriba muy cerquita de donde él estaba y que allí dio una voltereta y luego no volvió a ver ni los cuernos ni las patas ni ninguna señal de vaca. Por el río rodaban muchos troncos de árboles con todo y raíces y él estaba muy ocupado en sacar leña, de modo que no podía fijarse si eran animales o troncos los que arrastraba.

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  14. parte 5:
    Nomás por eso, no sabemos si el becerro está vivo, o si se fue detrás de su madre río abajo. Si así fue, que Dios los ampare a los dos.
    La apuración que tienen en mi casa es lo que pueda suceder el día de mañana, ahora que mi hermana Tacha se quedó sin nada. Porque mi papá con muchos trabajos había conseguido a la Serpentina, desde que era una vaquilla, para dársela a mi hermana, con el fin de que ella tuviera un capitalito y no se fuera a ir de piruja como lo hicieron mis otras dos hermanas, las más grandes.
    Según mi papá, ellas se habían echado a perder porque éramos muy pobres en mi casa y ellas eran muy retobadas. Desde chiquillas ya eran rezongonas. Y tan luego que crecieron les dio por andar con hombres de lo peor, que les enseñaron cosas malas. Ellas aprendieron pronto y entendían muy bien los chiflidos, cuando las llamaban a altas horas de la noche. Después salían hasta de día. Iban cada rato por agua al río y a veces, cuando uno menos se lo esperaba, allí estaban en el corral, revolcándose en el suelo, todas encueradas y cada una con un hombre trepado encima.
    Entonces mi papá las corrió a las dos. Primero les aguantó todo lo que pudo; pero más tarde ya no pudo aguantarlas más y les dio carrera para la calle. Ellas se fueron para Ayutla o no sé para dónde; pero andan de pirujas.
    Por eso le entra la mortificación a mi papá, ahora por la Tacha, que no quiere vaya a resultar como sus otras dos hermanas, al sentir que se quedó muy pobre viendo la falta de su vaca, viendo que ya no va a tener con qué entretenerse mientras le da por crecer y pueda casarse con un hombre bueno, que la pueda querer para siempre. Y eso ahora va a estar difícil. Con la vaca era distinto, pues no hubiera faltado quién se hiciera el ánimo de casarse con ella, sólo por llevarse también aquella vaca tan bonita.
    La única esperanza que nos queda es que el becerro esté todavía vivo. Ojalá no se le haya ocurrido pasar el río detrás de su madre. Porque si así fue, mi hermana Tacha está tantito así de retirado de hacerse piruja. Y Mi mamá no sabe por qué Dios la ha castigado tanto al darle unas hijas de ese modo, cuando en su familia, desde su abuela para acá, nunca ha habido gente mala. Todos fueron criados en el temor de Dios y eran muy obedientes y no le cometían irreverencias a nadie. Todos fueron por el estilo. Quién sabe de dónde les vendría a ese par de hijas suyas aquel mal ejemplo. Ella no se acuerda. Le da vueltas a todos sus recuerdos y no ve claro dónde estuvo su mal o el pecado de nacerle una hija tras otra con la misma mala costumbre. No se acuerda. Y cada vez que piensa en ellas, llora y dice: "Que Dios las ampare a las dos."
    Pero mi papá alega que aquello ya no tiene remedio. La peligrosa es la que queda aquí, la Tacha, que va como palo de ocote crece y crece y que ya tiene unos comienzos de senos que prometen ser como los de sus hermanas: puntiagudos y altos y medio alborotados para llamar la atención.
    -Sí -dice-, le llenará los ojos a cualquiera dondequiera que la vean. Y acabará mal; como que estoy viendo que acabará mal.
    Ésa es la mortificación de mi papá.
    Y Tacha llora al sentir que su vaca no volverá porque se la ha matado el río. Está aquí a mi lado, con su vestido color de rosa, mirando el río desde la barranca y sin dejar de llorar. Por su cara corren chorretes de agua sucia como si el río se hubiera metido dentro de ella.
    Yo la abrazo tratando de consolarla, pero ella no entiende. Llora con más ganas. De su boca sale un ruido semejante al que se arrastra por las orillas del río, que la hace temblar y sacudirse todita, y, mientras, la creciente sigue subiendo. El sabor a podrido que viene de allá salpica la cara mojada de Tacha y los dos pechitos de ella se mueven de arriba abajo, sin parar, como si de repente comenzaran a hincharse para empezar a trabajar por su perdición.

    http://www.ciudadseva.com/textos/cuentos/esp/rulfo/esque.htmmamá no quiere.

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  15. Muito bem explicado por Maria Granzoto da Silva o termo Literatura Comparada cuja vai além das espectativas dos alunos ao pensar que o método é só comparar, não abrindo espaços para a diversidade da Literatura em si.Interessante quando afirma que a Literatura Comparada é "desprezar fronteiras, penetrar em território diferente..." ou seja, estar atentos e envolvidos por outro modo de se fazer literatura,seja o teatro, seja o cinema, e penso que até um simples verso.E sem preconceitos quanto a edições estrangeiras, creio que o curso de Letras Espanhol abre fronteiras e caminhos a um mundo que até então não era conhecido por nós, estudantes de uma lingua estrangeira, no caso o espanhol.

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  16. Sinceramente, adorei o texto da Profa. Maria Granzoto da Silva, ainda estava um pouco na duvida sobre o “conceito” de Literatura Comparada, mas agora tudo ficou claro. Achei interessante que o termo não pode ser entendido somente por “comparação” já que há uma complexa diversidade de estudo e mais a frente ela continua dizendo os vários campos que o comparatista pode se aventurar.

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  17. A literatura comparada é atualmente chamada de Estudos Culturais ou Comparatismo Cultural, pois ela faz comparações entre literatura e artes, ou entre literatura e disciplinas da área de humanas. Ela analisa duas ou mais literaturas. Por abordar objetos variados, trabalha-se com um amplo espectro de ação, o que faz da Literatura Comparada uma disciplina de carácter complexo. Não se deve entende-la somente como um ato de comparação. A diferença na literatura comparada é que ela se torna o método por excêlencia, tranformando se no dado analítico principal. Este instrumento ajuda o pesquisador a investigar como mais propriedade a esfera com a qual ele se preocupa.
    Atualmente a Literatura comparada vem sofrendo uma mudança profunda, talvez uma cisão entre dois paradigmas distintos no interior das pesquisas comparativistas. Por um lado segue-se a tradicional prática desta disciplina, mas por outro a literatura passa a se relacionalr com a cultura e outros campos, como a sociologia, pisicanálise, filosofia e antropologia, analisada em pontos que se referem ao significado, à autoria, aos aspectos ideológicos, ao gênero, à identidade cultural e à diferença.

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  18. O texto é muito relevante pois mostra que a literatura comparada está ligada a arte pois literatura e arte devem andar juntas.Importante também resaltar que não é certo falar em so no termo literatura comparada já que é um tema muito mais complexo.

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  19. Chile-nome oficial;Republica do Chile

    Capital- Santiago

    Moeda-peso chileno

    Idioma- Espnhol




    CULTURA




    ÒSe a arte é expressão da cultura de um povo, a dança é o que põe essa cultura em movimento. Como todos os povos o chileno manifesta seu caráter, celebra rituais antigos e comemora através da dança. No norte é a festa de La Tirana, no sul o guillatún, um ritual mapuche. Na Ilha de Páscoa é o popular sau sau, e em todo o país é a cueca, a dança nacional - forma coreográfica que representa um casal com lenços no ar e flerte picaresco. "



    LITERATURA





    ÒNa época em que os espanhóis descobriram o território Chileno, foram feitos diversos relatos sobre como eram as novas terras, os costumes de seus habitantes, entre outras. Essa descrições eram feitas por cronistas que estavam sempre perto dos conquistadores, entre eles destaca-se Alonso de Ercilla e Yuniga, que escreveu “LA ARAUCANA”.



    ÒJá no século xx que aparecem os escritores chilenos mais lembrados na literatura mundial. Alguns escritores tiveram destaque no Chile, como Alberto Rojas Jimenez, que escreveu “CHILENOS EM PARÍS”, assim como o poeta e tradutor Romeo Murga, autor de “EL LIBRO DE LA FIESTA”, “EL CANTO NA LA SOMBRA”, entre outros.Apesar da importância histórica dos dois autores citados, um nome sobrepôs-se na literatura chilena: Pablo Neruda.

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  20. O livro os dois irmãos relata uma historia que dois homens que são irmãos e que cada um tomou um tomou um rumo diferente em sua vida, mas por ocasião do destino eles voltam a se encontrar com a morte de seu pai.

    Um irmão passa o tempo todo procurando ouros e diamantes enquanto o outro já tem trabalho que lhe rende dinheiro certo.Ele então tenta converser seu irmão a mudar seu modo de vida, falando para ele empregar o seu tempo em trabalhos e atividades que lhe rendeam dinheirocerto e não continuar naquela busca poe ouro e diamante, mas ele não consegue convence-lo.

    Por mais que ele não consegue mudar o modo de vida do seu irmão, ele sabe que não pode ignora-lo e que cada um é feliz do jeito em que vive.

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  21. O livro dois irmãos de Milton Hatoum conta um trama de dois irmãos g~emeos Omar e Yakub que sempre tiveram uma tumultuada relação, a primeira disputa entre os irmãos tem como pivo lívia uma garota pela qual os dois se apaixonara. Numa primeira ocasião( o baile dos jovens), a mãe ordena a Yakub que leve a irmã Raíssa para casa, o que favorece Omar.O troco não demora a chegar, numa sessão de cinema na casa dos vizinhos, uma pane no equipamento deixa a sala escura, quando as luzes se acendem, os lábios de Lívia estavam colados ao rosto de Yakub, Omar se vinga quebrando uma garrafa e cortando, com ela o rosto do irmão. A cicatriz em forma de meia-lua será uma marca de ódio perene entre ambos.Para evitar esse confronto entre os irmãos os pais decidem mandar Yakub para o Líbano, ele fica um bom tempo lá e quando retirna para o Brasil ele continua não gostando do irmão e, Omar também continua com o mesmo ódio. Yakub se aferra aos estudos, revelando-se matematico excelente.O irmão, que permanecera sob os cuidados da mãe, mostra-se inquieto e indisciplinado, tanto que agride um professor de matematica o preferido de Yakub e é expulso do colegio dos padres e vai estudar no colegio galinheiros dos vandalos e em contrapartida, o sucesso de Yakub que tem como o prêmio uma viagem para São Paulo, o qual se dedicou aos estudos e virou engenheiro e casa-se com Lívia, enquanto o seu irmão Omar se entrega a bebedeira, terminando suas noitadas numa rede da casa.

    A vida dos dois irmãos foram bem diferentes Yakub que não era tão paparicado pela mãe Zana amadureceu e teve um futuro brilhante enquanto Omar que era o mais adulado não teve nenhum sucesso na vida e foi até preso por agredir seu irmão Yakub, e nesse tempo ocorre a morte de Zana, Omar sai da cadeia antes de cumprir sua pena e parte para outro lugar.

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  22. Livro: O morro dos ventos uivantes foi o primeiro e único romance publicado da autora Emily Bronte. O foco narrativo do livro é em terceira pessoa, e o narrador é a Nelly, que conta a história da narrativa para o senhor Lockwood que é o inquilino de Heathcliff. A Nelly também é uma personagem.
    O livro nos transmite uma riqueza polissêmica de catarses tais como, o sentimento da dor, raiva, ódio, tristeza, paixão dentre outros.
    O tempo da narrativa é psicológico pois, pois a Nelly conta o que aconteceu à anos atrás.
    O romance é fechado pois, deixa claro que Hareton e a Cathy vão viver na Granja dos Tordos para que o Morro fique desocupado caso os fantasmas de Heathcliff e de Catherine decida habitá-lo.

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  23. Os dois irmãos: O livro Os dois irmãos, é um livro de Oswaldo França Júnior e é um romance e esse relata o dia-a-dia de dois homens que são irmãos, onde cada um seguiu uma vertente na vida e como resposta do destino eles se reencontraram com o falecimento de seu pai. O irmão ocupa todo o seu tempo procurando ouro e diamante e o homem já possui um emprego com dinheiro certo. Mas o homem sempre estava vivendo na sombra de seu irmão pois aquele viva seguindo-o para ver o que ele estava fazendo.

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  24. Dois irmãos: A obra Dois irmãos é um romance de Milton Hatoum, onde relata a trajetória de dois irmãos que são gêmeos, cujos nomes são Yaqub e Omar, esses viviam em constante disputa, e essa se dá início por causa de uma garota, a Lívia onde os dois se encontram apaixonados por ela. E a partir daí nasce um ódio enorme pois, o Omar atinge o Yaqub com uma garrafa no rosto e o deixa com uma marca em forma de meia-lua etudo se deu pelo fato dele ver o seu irmão com os lábios grudados em sua amada Lívia. Yaqub foi para o Líbano e se tornou muito inteligente, já o Omar que ficou com a proteção de sua mãe é muito indisciplinado, mas ambos continuam se odiando mesmo anos separados. Yaqub se tornou engenheiro e casou-se com a Lívia e Omar caiu na vida de bebedeira. A vida desses irmãos são bem diferentes. Omar é preso e com o falecimento da Zana mãe dos irmãos ele vem a ser solto sem antes ter cumprido a sua pena e segue para outro lugar.

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  25. Filme: O filme O morro dos ventos uivantes de 1992, que foi dirigido por Peter Kosmensky faz uma releitura quase perfeita do livro, devido ao fato da cenas acontecerem na Granja do Tordos e no Morro, assim como no livro. Uma das muitas coisas que o filme retrata assim como é dito no livro é a aparência parecida entre Catherine e Cathy. O filme peca no aspecto em que o Heathcliff fica construindo fortuna durante 2 anos, enquanto no livro é durante 3 anos.

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  26. A Literatura Comparada, é uma abordagem multidisciplinar que consiste nos estudos comparativos das literaturas de diferentes áreas linguísticas, mas também de diferentes mídias e tipos de arte. A expressão “Literatura Comparada” surge no século XIX e usa-se da comparação de estruturas com finalidade de extrair leis gerais da literatura. Consagrada academicamente na França, tem sua primeira cátedra em Lyon, em 1887, seguida por Sorbonne, 1910. Mas apenas nos primeiros decênios do século XX, ela ganha estatura de disciplina reconhecida, tornando-se objeto de ensino regular nas grandes universidades européias e norte-americanas.a LC parece poder surgir como espaço reflexivo privilegiado para a tomada de consciência do caráter histórico, teórico e cultural do fenômeno literário, quer insistindo em aproximações caracterizadas por fenômenos “transtemporais” e supranacionais quer acentuando uma dimensão especificamente cultural, visível, por exemplo, em áreas como os estudos de tradução ou os estudos intersemióticos.De todas elas ressalta um aspecto comum: o de que a LC situa-se na área particularmente sensível da “fronteira” entre nações, línguas, discursos, práticas artísticas, problemas e conformações culturais.

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  27. “O Morro dos Ventos Uivantes” é um romance intenso que envolve um forte desejo de vingança. Numa atmosfera tempestuosa e com um cenário misterioso nasce o amor de Catherine e Heathcliff, amigos de infância que acabam se apaixonando. Heathcliff foi acolhido pelo Sr. Earnshaw (pai de Catherine e Hindley) quando era menino e vivia na rua abandonado. Cresceu com a família e por ser o favorito de seu salvador despertou o ciúme de Hindley, o filho legítimo e também de toda a família, exceto Catherine que o adorava.
    Heathcliff teve boa educação e viveu bem até a morte do Sr. Earnshaw, quando Hindley resolve se vingar e transforma a vida do rapaz num inferno. Hindley faz de tudo para acabar com a amizade de Catherine com Heathcliff, amizade essa que sem ele saber já havia virado amor. Para tanto Hindley se aproxima dos Lintons, familia rica a qual pertence Edgar, um jovem apaixonado por Cathy.
    A partir de então o romance dos irmãos adotivos sofre um forte abalo que mudará para sempre a vida dos dois e mostrará que o amor é forte, mas quando se transforma em ódio é mais forte ainda. Uma excelênte história...

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  28. A cultura do Paraguai tem diversos pontos importantes para ser destacado, mas é preciso falar também de suas raízes, ou seja, por quem o país foi influenciado quando começou a tomar suas bases culturais. A tradição guarani misturada com a hispânica com certeza foram importantíssimas para os primeiros passos da cultura que se tem hoje no Paraguai.

    O artesanato paraguaio é um dos pontos fortes do comercio local e também uma característica cultura muito importante para o país. O teatro, a literatura e o esporte também têm suas contribuições para uma cultura bastante diversificada, assim como a culinária local que acaba atraindo turistas.

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  29. DOIS IRMAOS MILTON HATOUM
    No início do século XX, Manaus, a capital da borracha, recebeu estrangeiros como o jovem Halim, aprendiz de mascate, e Zana, uma menina que chegou sob a asa do pai, o viúvo Galib, dono de um restaurante perto do porto. Halim e Zana vão gerar três filhos: Rânia, que não vai casar nunca, e os gêmeos Yaqub e Omar, permanentemente em conflito. O casarão que habitam é servido por Domingas, a empregada índia, e mais tarde também pelo filho de pai desconhecido que ela terá. Esse menino — o filho da empregada — será o narrador. Trinta anos depois dos acontecimentos, ele conta os dramas que testemunhou calado. Dois irmãos é a história de como se faz e se desfaz a casa de Halim e Zana.

    Apaixonado pela mulher, depois do nascimento dos filhos Halim se condena à nostalgia dos tempos em que não era pai, em que não precisava disputar o amor de Zana, em que os dois tinham todo o tempo do mundo para deitar na rede do alpendre e se entregar aos prazeres sensuais. Pelo que nos conta o narrador, Halim estará sempre à espera da decisão mais acertada diante dos abismos familiares: a desmedida dedicação de Zana a Omar, seu filho preferido; o trauma de Yaqub, o filho que, adolescente, foi separado da família supostamente para amenizar os conflitos com Omar; a relação amorosa entre os gêmeos e a irmã, Rânia.

    De Domingas, com quem compartilhava o quartinho nos fundos do quintal, o narrador nos diz que esta é uma mulher que não fez escolhas. Aparentemente, não escolheu nem mesmo o pai de seu filho. Milton Hatoum faz os dramas da casa estenderem-se à cidade e ao rio: Manaus e o Negro transformam-se em símbolos das ruínas e da passagem do tempo. E, pela voz de um narrador solitário, revive também os tempos sombrios em que as praças manauaras foram ocupadas por tanques e homens de verde. Esses tempos foram responsáveis pelo destino trágico de um grande personagem do livro: o professor Antenor Laval. Uma historia muito bonita que vale a pena ser lida...

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  30. O romance os dois irmãos escrito pelo mineiro Oswaldo França Junio, narra a historia de dois personagens sem nomes, um era tratado de “homem” e o outro “irmão”, a historia começa com um fato triste, mas que é ponto de partida para todo enlace narrativo, a morte do pai, na qual vai despertar a necessidade da preocupação de um irmão para com o outro, motivo este leva o homem ir em busca da realidade do irmão, e ao se deparar fica impressionado, pois o irmão viria em função de encontrar pedras de autovalor e de ouvir estórias doidas de doidos, ao invés de trabalhar arduamente para conseguir manter o sustento de sua família que vivia em situação difícil, e o que mais impressionava o homem era o fato dele não o ouvir e sim aos outros. E esta realidade culmina para o desentendimento de ambos, pois se constata a diferença de um ser humano para com o outro, embora estejam na condição de irmão.

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