quarta-feira, 14 de agosto de 2013
CONTOS PARA LEITURA - PARTE I - REPRESENTAÇÃO DO NARRADOR(NAS NARRATIVAS DIVERSAS)
1. CONTO (Jéssica): CASA TOMADA, de Julio Cortázar - http://www.releituras.com/jcortazar_casa.asp
2. CONTO(Simone): UM SENHOR MUITO VELHO COM UMAS ASAS MUITO GRANDES - Gabriel García Márquez -
http://oqueeojantar.blogs.sapo.pt/497988.html
3. CONTO(Rayane): O IMORTAL, Jorge Luiz Borges - http://cegoemtiroteio.com/2012/08/02/o-imortal-de-jorge-luiz-borges/
4. CONTO(Aline): O NUDISTA MILITANTE - Mario Vargas Llosa - http://www.tirodeletra.com.br/conto/Onudistamilitante-MarioVargasLlosa.htm
5.CONTO(Jerusa): CARTA DE UM LOUCO - Guy de Mauspassant - http://pedrolusodcarvalho.blogspot.com.br/2011/04/conto-maupassant-carta-de-um-louco.html
6.CONTO(Rita): EL COMETA HALLEY - Reinaldo Arenas - http://www.cinosargo.cl/content/view/732732/EL-COMETA-HALLEY-por-Reinaldo-Arenas.html
7. CONTO(Adrielle): LA CASA DE BERNARDA ALBA - García Lorca - http://usuaris.tinet.cat/picl/libros/glorca/gl003d00.htm#uno
8.CONTO (Vanderson): A TERRA QUE NOS DERAM - Juan Rulfo - http://www.releituras.com/juanrulfo_menu.asp
9. CONTO(Larissa):O CARTEIRO DE PABLO NERUDA - Antonio Skármeta
10. CONTO(Rejane): PEQUENO PROJETO DE UMA CIDADE FUTURA - Ricardo Piglia - http://ericferreiradantas.blogspot.com.br/2012/03/ato-ii-conto-ricardo-piglia.html
O NARRADOR, de Walter Benjamin(resenha)
A jornalista Sandra Guimarães resenhou o texto "O narrador", de Walter Benjamin e publicou. Vejamos, pois.
Veja o que esclarece Walter Benjamin: "Contar histórias sempre foi a arte de contá-las de novo, e ela se perde quando as histórias não são mais conservadas. Ela se perde porque ninguém mais fia ou tece enquanto ouve a história. Quanto mais o ouvinte se esquece de si mesmo, mais profundamente se grava nele o que é ouvido. Quando o ritmo do trabalho se apodera dele, ele escuta as histórias de tal maneira que adquire espontaneamente o dom de narrá-las."
Walter Benjamin nasceu em Berlim, em julho de 1892. Além de filósofo, foi sociólogo e crítico literário. Grande estudioso das transformações sofridas pelas obras de arte ao longo da modernidade, em 1936, na tentativa de resgatar as nuances de uma arte que, para ele, corria o risco de desaparecer com o tempo - a arte de contar histórias - publicaria o artigo intitulado O narrador. Um texto no qual, com muita delicadeza e sensibilidade, parte da obra do escritor russo Leskov, para defender a ideia de que “a arte de narrar ‘estaria’ em vias de extinção”. Para Benjamin, o que tornava cada vez mais raro encontrarmos pessoas capazes de narrar histórias era o fato de que - em um mundo individualista, onde a poesia épica havia cedido lugar ao romance - o homem vinha, gradativamente, perdendo a capacidade de intercambiar experiências: “A experiência que passa de pessoa a pessoa é a fonte a que recorrem todos os narradores. E, entre as narrativas escritas, as melhores são as que menos se distinguem das histórias orais contadas pelos inúmeros narradores anônimos.”
Buscando os modelos arcaicos que serviram de molde para gerações de narradores, Benjamin se depara com o marinheiro comerciante e o camponês sedentário. Juntos, formavam um sistema corporativo de mestres em contar histórias no qual se reuniam “o saber das terras distantes, trazido para casa pelos migrantes, com o saber do passado, recolhido pelo trabalhador sedentário.” Assim edificada, sobre a tradição oral e tendo como principais alicerces a sutileza necessária para dar conselhos e a faculdade de eternizar a sabedoria – uma vez em um universo no qual, soldados voltavam mudos dos campos de batalha, visto que a vivência do combate os tornara pobres em experiências comunicáveis, enquanto uma enxurrada de livros tratavam da guerra, de forma bem diversa dos relatos orais – a arte de narrar estaria, necessariamente, fadada à extinção.
Nesse sentido, Benjamin destaca os dois principais trilhos que conduziram a narrativa a esse estado de agonia : o romance e a informação. Para o escritor, o romance floresce justamente quando o indivíduo segrega-se. Como não se alimenta da tradição oral, está ligado ao livro, ele é produto de um universo em que o isolamento força o narrador a abster-se dos gestos e não permite mais que ele incorpore à narrativa as experiências dos ouvintes. E ainda, tão estranha à narrativa quanto o romance, a informação representa uma ameaça bem mais contundente, visto que provoca uma crise no próprio romance. Produto da consolidação da burguesia, que tem na imprensa um dos seus principais instrumentos, ela se concentra nos acontecimentos próximos em detrimento da propagação do saber ancestral. A proximidade temporal dos seus relatos, que exige uma atualização constante dos fatos, acaba por torná-la rapidamente descartável.
Para Benjamin, portanto, a arte de narrar se esvai, quando se retira do texto o seu caráter artesanal, que permite o aprendizado a partir de uma troca de experiências vividas. Para ele: a narrativa “não está interessada em transmitir o ‘puro em si’ da coisa narrada como uma informação ou um relatório. Ela mergulha a coisa na vida do narrador para em seguida retirá-la dele. Assim se imprime na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila do vaso.”
Sandra Regina Guimarães
Jornalista, publicitária e tradutora. Possui mestrado em Literatura francesa pela Universidade federal Fluminense – UFF e doutorado em Literatura Comparada (em regime de cotutela) pela Universidade federal Fluminense – UFF e a Université Sorbonne Nouvelle – ParisIII. Atua na área de Letras e Comunicação e trabalha, principalmente, com os seguintes temas: os limites entre realidade e ficção, censura, ditadura, literatura e jornalismo.
12/06/2012
Texto disponível em: http://www.catedra.pucrio.br/portal/sitiodaleitura/pesquisa/biblioteca_tematica/conteudo/?/983/.html%22
O QUE É LITERATURA COMPARADA ???
Pessoal, pesquise sobre Literatura Comparada. O que é, como e quando surgiu. Ela está a serviço de quê? Saiba que é uma AMPLA DISCIPLINA. Abre espaço para inúmeras discussões !
Analise e escreva um texto falando sobre a Disciplina, que ora se faz Objeto de nossos estudos.
Ana Lúcia Santana ressaltou que a Literatura Comparada nunca teve parâmetros rigorosamente fixados. Assim sendo, se a princípio lhe cabia investigar, no início do século XIX, a trajetória de um determinado autor ou de uma certa obra no exterior, ou pesquisar as marcas deixadas por uma produção literária em outra do mesmo país, ou as dívidas de uma criação em relação a uma anterior ou até mesmo contemporânea, hoje ela é ironicamente chamada de Estudos Culturais ou Comparatismo Cultural. Isso porque ela tem se ocupado mais, hoje, da comparação entre literatura e artes, ou entre literatura e disciplinas da área de humanas.
Pense nisso e faça sua pesquisa.
Att
Profa. Generosa Souto
Analise e escreva um texto falando sobre a Disciplina, que ora se faz Objeto de nossos estudos.
Ana Lúcia Santana ressaltou que a Literatura Comparada nunca teve parâmetros rigorosamente fixados. Assim sendo, se a princípio lhe cabia investigar, no início do século XIX, a trajetória de um determinado autor ou de uma certa obra no exterior, ou pesquisar as marcas deixadas por uma produção literária em outra do mesmo país, ou as dívidas de uma criação em relação a uma anterior ou até mesmo contemporânea, hoje ela é ironicamente chamada de Estudos Culturais ou Comparatismo Cultural. Isso porque ela tem se ocupado mais, hoje, da comparação entre literatura e artes, ou entre literatura e disciplinas da área de humanas.
Pense nisso e faça sua pesquisa.
Att
Profa. Generosa Souto
terça-feira, 6 de agosto de 2013
PESQUISA - AUTORES DE LÍNGUA ESPANHOLA
VANDERSON - Juan Rulfo
CLÉIA- Manuel Scorza
SIMONE - Gabriel García Marquez
ADRIELLE- García Lorca
VANESSA- Carlos Fuentes
JÉSSICA - Julio Cortázar
RITA - Reinaldo Arenas
ALINE - Mario Vargas Llosa
BRUNA - Pedro Juan Gutiérrez
RAYANE - Jorge Luís Borges
ANNE - Alejo Carpentier
LARISSA - Pablo Neruda
JERUSA - Julio De la Vega
REJANE - Ricardo Piglia
CLÉIA- Manuel Scorza
SIMONE - Gabriel García Marquez
ADRIELLE- García Lorca
VANESSA- Carlos Fuentes
JÉSSICA - Julio Cortázar
RITA - Reinaldo Arenas
ALINE - Mario Vargas Llosa
BRUNA - Pedro Juan Gutiérrez
RAYANE - Jorge Luís Borges
ANNE - Alejo Carpentier
LARISSA - Pablo Neruda
JERUSA - Julio De la Vega
REJANE - Ricardo Piglia
PLANO DE ENSINO 2013-2(ESPANHOL)
Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Pró-Reitoria de Ensino - Coordenadoria de Graduação
Centro de Ciências Humanas – CCH
Curso de Letras/Espanhol
PLANO DE ENSINO
ANO - 2013-2
DEPARTAMENTO: Comunicação e Letras [ x ]Vespertino
CURSO PERÍODO/SÉRIE
Letras/Espanhol [ 5º] Período
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA
Literatura Comparada TOTAL 72 h/a - SEMANAL 04 h/a
PROFESSORA: Dra. Maria Generosa Ferreira Souto Montes Claros - MG
EMENTA: Conceitos de Literatura Comparada. Tendências comparatistas. A crítica contemporânea e suas relações com os Estudos Culturais. Estudo comparado de literaturas de expressão espanhola, portuguesa e outras literaturas.
OBJETIVOS GERAIS
- Estudar os diversos conceitos de Literatura Comparada, bem como as tendências comparatistas, a crítica contemporânea e suas relações com os Estudos Culturais.
- Realizar um estudo comparado entre as literaturas de expressão portuguesa e outras literaturas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Estudar as Teorias da Literatura Comparada, observando a natureza e a função dos discursos literários entre mídias impressas e tecnológicas, para a questão da interdisciplinaridade e da hipertextualidade.
- Estudar os crimes literários em textos de expressão portuguesa.
- Estudar a representação da literatura entre textos literários brasileiros, portugueses e africanos lusófonos;
- Apreender aspectos de hipertextualidade nos textos literários.
- Analisar narrativas correlacionando, em torno de um núcleo central de idéias, a organização de seus elementos estruturais: ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço.
- Analisar textos que exploram de diversas maneiras a relação entre signos espaciais.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. O que é literatura comparada, conforme Tânia Carvalhal.
2. A literatura comparada e a Weltanschauung pós-moderna, segundo Eduardo Coutinho.
3. Das relações entre literatura comparada e tradução literária: mush-ups literários.
4. O herói e o anti-herói.
5. A rivalidade entre irmãos (gêmeos e não gêmeos).
6. Estudo da narrativa (na literatura, no cinema, nos quadrinhos, nas adaptações p/adolescentes, nos jogos).
7. Análise de textos literários que tratam de alteridade.
METODOLOGIA/ ATIVIDADES DIDÁTICAS
- Aulas expositivas dialogadas; Debates;
- Apresentação de trabalho – individual e em grupo; Seminários; - Mini-Seminários;
- Pesquisas online; - Leitura dos textos e fichamentos; -Escrita e reescrita de artigos e ensaios.
- Mídias na Educação: Discussões circulares, GVGV, Phillips 66, comentários, através dos recursos tecnológicos: Internet, Blog, Aulas interativas, Fóruns de Debates.
ESTRUTURA(S) DE APOIO/RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro e giz
- Textos teóricos e críticos
- Textos literários
- Datashow/Vídeos
- Bibliotecas Virtuais, DVD/filmes, CD-Rom
- Mídias na educação: Internet, weblog.
AVALIAÇÃO
Aspectos a serem avaliados Instrumentos de avaliação
- Assiduidade e pontualidade;
- Iniciativa e interesse;
- leituras dos textos críticos e/ou literários e fichamentos dos mesmos;
- Conhecimento e domínio de conteúdos estudados;
- Discussão e crítica das leituras realizadas.
- Participação nos debates e comentários críticos e analíticos nos espaços virtuais (Blogs interativos da disciplina e dos acadêmicos)
- 02 Provas escritas (individuais)=50,0;
- Trabalhos individuais e/ou em grupos = 50,0 pontos, subdivididos em:
a) Resumos,
b) Leitura e fichamentos dos textos;
c) Resenhas;
d) Ensaios;
e) Debates e comentários nos blogs;
f) Apresentações orais;
g) Seminários;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia básica
Bibliografia Básica
BHABHA, Romi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.
CARVALHAL, Tania Franco. Literatura Comparada. São Paulo: Ática, 1986.
COUTINHO, Eduardo; CARVALHAL, Tânia Franco. (org). Literatura comparada – textos fundadores. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
MARQUES, Reinaldo; BITTENCOURT, Gilda N. (org). Limiares críticos – ensaios de literatura comparada. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
SILVA, Tomaz Tadenda. O que é, afinal, os estudos culturais? Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Bibliografia Complementar
BORGES, Jorge Luís. Obras completas. Rio de Janeiro: Globo, 2001.
ELIOT, T. S. Ensaios. São Paulo: Art, 1989.
MIRANDA, Wander. Narrativas da modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
NITRINE, Sandra. Literatura Comparada. São Paulo EDUSP, 2000.
Montes Claros, 30 de julho de 2013.
Maria Generosa Ferreira Souto
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